No momento em que perceberam que seriam atropeladas pela pandemia que está atingindo o mundo inteiro, as empresas acionaram planos acelerados de contingência e remodelagem. Nos primeiros ítens da lista: garantir a saúde dos colaboradores e possibilitar que todos realizassem suas atividades em segurança ou de maneira remota. Cerca de três meses após o início das políticas de isolamento no Brasil, o trabalho remoto tornou-se algo do cotidiano.
A capacidade de adaptação do ser humano e as ferramentas oferecidas pela tecnologia promoveram um salto de qualidade na execução de rotinas à distância. Comunicação em rede, ambientes compartilhados em nuvem, telepresença, transmissões em tempo real são termos que passaram rapidamente a moldar as relações no mundo do trabalho. A crise vai passar, mas, neste aspecto, também deixará a sua marca. O modelo de trabalho pós-pandemia não será como o de antes.
Para ilustrar o novo cenário, listamos algumas dessas mudanças e descrevemos o impacto delas nas organizações.
Você vai ver:
ToggleReflexões sobre modelos de trabalho remoto no cenário pós-covid
Trabalhamos remotamente
Passada a fase emergencial e de adaptação, equipes em todo o mundo estão assimilando, ou já assimilaram, a ideia de que é plenamente possível – exceto quando a presença é uma exigência – o convívio remoto com as atividades profissionais do dia a dia. Mais do que isso, a modalidade de trabalho remoto apresenta uma série de benefícios em relação ao presencial.
A tecnologia não vai parar
A relativa facilidade de adoção do trabalho remoto em um período tão curto de tempo se deve também ao momento tecnológico que vivemos. Grande parte das ferramentas e aplicativos utilizados no dia a dia das organizações para conectar as equipes e executar tarefas de rotina já estavam disponíveis.
Acontece que a adoção em escala dessas soluções desencadeia outros processos de mercado que satisfazem a novas demandas. Essa engrenagem gera novas soluções e o aprimoramento constante do ambiente e da efetividade das conexões remotas. Na esteira desse processo estão a realidade aumentada, a realidade virtual, as plataformas de EAD e as tecnologias de transmissão de áudio e vídeo em alta velocidade, o 5G.
Nova gestão do tempo
Profundamente impactada pela onda acelerada de mudança está a nossa percepção e gestão do tempo. O trabalho remoto, em equipe ou individual, exige que as skills de gestão do tempo e da produtividade sejam observadas com critério. É provável que cada colaborador terá a necessidade de moldar a sua capacidade produtiva a determinados períodos do dia, em que as condições para a realização de tarefas em casa sejam mais favoráveis, por exemplo.
Soma-se a essa percepção o fato de que o novo modelo de trabalho exige que o resultado, o ritmo e a qualidade das entregas sejam avaliadas com mais cuidado. Segundo relatório da Consultoria KPMG Austrália, os “outputs” ganham mais importância que os “inputs”. Ou seja, entregar resultados é mais importante que listar novas tarefas. Neste novo ambiente, vale mais o que você faz e menos onde você está e em que momento.
Precisamos estar juntos, mesmo que separados
A fluídez das rotinas de trabalho em ambientes presenciais foi substituída pela dinâmica das videoconferências, aplicativos de mensagens, softwares e plataformas colaborativas. No entanto, essa não é uma passagem natural. Portanto, a presença nas reuniões online e a ocupação dos ambientes colaborativos virtuas precisam ser planejados e elevados ao seu grau máximo de objetividade e produtividade.
Gestores e colaboradores precisam reconhecer a dinâmica desses novos ambientes. Se houver o direcionamento para atingir objetivos específicos a cada encontro ou compartilhamento, o resultado é o ganho efetivo de tempo e o aumento contínuo da produtividade.
Novas atribuições para as lideranças
Mudanças repentinas na vida pessoal e profissional de times inteiros geram variações na saúde – emocional, física e financeira – dos colaboradores. Neste aspecto, as lideranças precisam oferecer apoio, encontrar maneiras de aliviar as tensões e promover a adaptação da equipe à nova realidade. Treinar e capacitar as lideranças para esse exercício é fundamental para que essas adaptações comecem pela própria gestão.
Sendo assim, o líder pós-covid19 tem o seu papel expandido, passando a atuar também como um promotor da saúde geral dos seus colaboradores. Aqueles que forem mais empáticos e criativos acharam aqui uma fonte preciosa de produtividade e retenção de talentos.
Hierarquias em cheque com o trabalho remoto
A distribuição dos pontos de contato entre as equipes no ambiente virtual e as possibilidades de acesso direto vão aumentar a velocidade da informação. A queda positiva das barreiras entre um setor e outro promove a troca direta de tarefas e soluções. Para não perder o fio da meada, gestores precisam manter o radar nas entregas e aceitar e promover essas trocas, que não necessariamente respeitam a hierarquia tradicional.
Essa é uma característica do trabalho colaborativo e pode gerar um estranhamento inicial em empresas que funcionam dentro de um organograma mais formal. Mas a médio prazo, a mudança é positiva por várias aspectos: entre eles, o ganho de agilidade nos processos, a desburocratização da estrutura e o aproveitamento da criatividade dos colaboradores. Mas todos precisam compreender que colaboração não é sinônimo de desorganização.
Vamos avançar rápido
Entenda que a realidade está posta e muito do que aconteceu até aqui não terá mais volta. Em todo caso, reflita como a sua empresa tem se comportado e se os colaboradores entenderam e estão de fato engajados no processo de mudança. O quanto antes a sua organização se voltar para o novo mundo, mais próspero será o futuro do seu negócio quando tivermos vencido essa crise.
Um bom começo é fazer um diagnóstico e reunir dados para avaliar o sentimento da sua equipe com relação ao momento que estamos vivendo. Acesse o projeto ReConect&, receba e aplique um questionário gratuito para fazer uma análise do quanto seus colaboradores estão se sentindo a vontade neste cenário.