13 de julho de 2023

Reinventando o trabalho: Novas formas de atuar no mercado

Mulher utilizando computador em vídeo chamada.

A pandemia parece uma pauta ultrapassada para você? Para falar de novos trabalhos e tendências de contratação no mundo corporativo, o ponto de partida continua sendo o isolamento social e restrições de mobilidade.

Não é mais novidade para ninguém que algumas promessas para o futuro foram antecipadas. Agora, estamos vivendo aquele momento que foi tão falado durante o caos promovido pela COVID-19: o novo normal.

O que está acontecendo com as empresas neste período? Como elas pretendem seguir com as contratações de agora em diante? O que mudou e o que o futuro nos reserva? Continue a leitura e reflita conosco.

O que mudou após a pandemia?

Quando falamos em home office, não estamos tratando de uma das novas formas de trabalho. Mesmo antes da pandemia chegar, a jornada remota era uma tendência. Como você já sabe, foi antecipada pelo isolamento social.

A adesão foi imediata. Um levantamento da FGV revela que, em 2021, mais de 50% das empresas aderiram ao formato remoto ou híbrido. No entanto, com a vacina e a queda das restrições, o número começou a diminuir. Em outubro de 2022, 32,7% das organizações ainda praticavam o formato.

Para os setores da indústria e de serviços, que se destacaram durante o período, a realidade mudou: antes, o home office era uma realidade para 72,4% e 65,5% dessas empresas, respectivamente. Agora, no período pós-pandêmico, os números ficam entre 49% e 40,3%.

As empresas estão desistindo do trabalho remoto?

Uma rápida pesquisa nas redes sociais e entre os profissionais aponta que as vagas home office estão diminuindo. A revista Isto É realizou um monitoramento de vagas em 2023 e constatou que apenas 3,7% do total de oportunidades divulgadas era exclusivamente home office.

No entanto, não significa que o trabalho híbrido e remoto esteja acabando. Primeiro, porque os profissionais preferem esse modelo de jornada. Isso significa que investir nela é uma forma de abrir vantagem competitiva na contratação dos melhores talentos do mercado.

Segundo, nem sempre o modelo de contratação é divulgado na vaga. Portanto, não podemos determinar que o remoto está fora das tendências do trabalho para o futuro.

O trabalho híbrido é a nova tendência?

A diminuição das contratações remotas após pandemia já era esperada, conforme estudos divulgados pela FGV, mas o home office não desaparece por completo. Ele ganha força no formato híbrido, quando os colaboradores precisam ir ao escritório alguns dias da semana ou do mês, conforme contrato.

O Google lançou a pesquisa “O Futuro do Trabalho do Brasil”, revelando que 43% das empresas que já definiram seu formato de trabalho pós-pandemia optaram pelo híbrido. Essa também é uma vontade dos profissionais: 59% deles gostaria que a empresa adotasse o modelo, contra 19% que preferem o home office integral.

Devo dar atenção à jornada flexível?

Seja qual for a jornada de trabalho adotada pelas empresas, existe um ponto de atenção para todas elas: a jornada flexível.

Ter horário flexível no trabalho significa que o colaborador não precisa cumprir um horário fixo de entrada e saída, como o tradicional 8h às 18h.

A empresa estabelece em contrato as entregas semanais que precisam ser realizadas. Com a ajuda de um sistema de ponto online e indicadores de produtividade, o trabalhador define sua escala de trabalho dentro deste intervalo.

Além de tornar a oportunidade de trabalho mais atrativa, a empresa está investindo em qualidade de vida. De acordo com relatório da Organização Internacional do Trabalho, a política flexível beneficia a qualidade de vida, favorecendo a produtividade. Ao restringir o formato, as empresas sofrem com a alta do turnover.

O coworking é uma possibilidade?

A não-obrigatoriedade de estar 5 dias por semana nos escritórios popularizou o coworking. O mapeamento de mercado realizado pela Woba revela um crescimento de 25% nos espaços de trabalho compartilhados no Brasil, tendência que segue o aumento das jornadas remotas e flexíveis. Afinal, garante toda estrutura de escritório aos profissionais que podem trabalhar de onde quiserem.

Mas os coworkings não são benéficos apenas aos profissionais. Quando uma empresa tem um amplo espaço físico ou grande número de colaboradores trabalhando em home office, podem disponibilizar parte da estrutura para outros nômades digitais.

Em 2022, o faturamento médio anual de um coworking ultrapassou os 300 mil reais. Uma oportunidade de negócio lucrativa que aparece quando as empresas enviam seus colaboradores para trabalhar de casa ou de onde quiserem!

Por que minha empresa precisa se adequar ao novo?

Conhecer as novas formas de atuar no mercado e estruturá-las na empresa é requisito básico para quem procura atrair e reter os maiores talentos do mercado.

Profissionais nascidos entre 1997 e 2010, a chamada geração Z, representam mais de 30% das candidaturas para vagas remotas, seguidos pelos Millennials, nascidos na década de 1980 e 1990. Essas vagas se concentram em tecnologia, desenvolvimento de pessoas e processos gerenciais.

Ou seja, se a sua empresa está com dificuldade de contratar e/ou reter talentos nessas áreas, a grande questão pode ser a modalidade na qual a vaga é ofertada.

A forma de contratar também muda?

Um ponto de atenção é que partir para o ambiente online não se limita ao contrato, mas como se recruta. Processos seletivos realizados presencialmente podem minar a oferta de candidatos qualificados.

Mesmo que seja uma vaga presencial ou híbrida, algumas pessoas podem estar dispostas a mudar para a cidade onde a empresa está localizada. O recrutamento online é a ponte para chegar até elas, seguido da admissão online. Outra solução é terceirizar esses serviços e deixar que uma consultoria especializada recrute essas pessoas para você.

As novas formas de trabalho são uma realidade que tem sido costurada mesmo antes da pandemia. Ainda que haja uma tendência em diminuir o número de contratos remotos, não significa que sua empresa não deva investir na modernização da jornada.

Lembre-se sempre de que a competitividade vai além da busca por uma base forte de clientes, ela também envolve a formação de times vencedores.

Que tal iniciar um debate sobre o assunto? Compartilhe conosco o que sua empresa tem vivido no novo normal. Deixe um comentário.

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