12 de abril de 2022

Saiba como gerir equipes multidisciplinares com foco em alto desempenho

gerir equipes multidisciplinares é um desafio. Uma equipe diversa de profissionais ilustra o post

Gerir equipes multidisciplinares é um desafio, mas o esforço é compensado com ganho diferenciado de produtividade. Já falamos aqui sobre a importância e, também, sobre como formar times multidisciplinares.

Agora, vamos supor que você seguiu todas as sugestões e reuniu um grupo diverso de profissionais super qualificados. O projeto é iniciado e, em seguida, você percebe que os resultados são decepcionantes. Este é o desafio.

O gerenciamento de equipes diversas de alto desempenho não é algo simples e direto. Para ter resultados, a sua equipe vai precisar de tempo para vencer algumas etapas importantes até começar a apresentar um desempenho positivo e fora da curva.

Preparamos este conteúdo para ajudar você a identificar os estágios de desenvolvimento e, desta forma, gerir a equipes multidisciplinares com previsibilidade e eficiência. A final da leitura você será capaz de:

  • Reconhecer as fases de desenvolvimento de equipes multidisciplinares.
  • Saber o que esperar em cada fase deste desenvolvimento.
  • Entender quais atitudes são importantes para pavimentar o caminho do seu time.

Vamos lá?

Como gerir equipes multidisciplinares

Existem diversas razões para justificar que o gerenciamento eficiente de equipes multidisciplinares depende de um processo de evolução. Esse processo tem algumas fases. Cada uma destas fases representa um momento de avanço na integração dos profissionais e na operação do grupo como um time.

É importante ressaltar que, em gestão de pessoas, nenhum modelo que colabore com o entendimento do cenário é uma receita de bolo. Cada empresa tem características particulares e vai enfrentar desafios singulares. Além disso, cada profissional traz a sua personalidade e a sua história para o grupo.

Modelo de Tuckman

A busca pelo alto desempenho é antiga e muitos estudiosos já se debruçaram sobre as particularidades do trabalho em equipe na busca por resultados. Em 1965 foi desenvolvido um modelo que se tornaria o mais comum e preciso até hoje: o Modelo de Tuckman.

Tuckman fracionou a jornada de uma equipe em 4 etapas: Formação, Confrontação, Normatização e Performance. Mais tarde, um quinto estágio foi adicionado ao modelo para representar o final de um projeto, a Nova Jornada.

Cada uma destas etapas representa o momento que a equipe está vivento. Cada momento traz a necessidade de compreensão a partir do olhar do nível de desenvolvimento atual da equipe.

Portanto, ao mapear as etapas de desenvolvimento do trabalho em equipe, Tuckman trouxe clareza para o comportamento do time durante cada uma das etapas. Assim, podemos planejar a gestão das equipes de forma inteligente em cada fase.

Formação

A fase que inicia a jornada de desenvolvimento de equipes é a Formação (Forming). Após passar pelo processo de Recrutamento e Seleção, os profissionais vão conhecer uns aos outros e aos objetivos que fizeram com que formassem um time.

Neste momento, ainda não temos um time propriamente dito. Nesta fase de conhecimento e formação, cada recém-chegado traz as suas características particulares – pessoais e profissionais – bem como suas expectativas e objeções.

Os processos de comunicação e produção ainda serão estabelecidos, portanto, os profissionais não sabem ao certo como colaborar uns com os outros de forma efetiva. Nesta primeira fase, podemos esperar um desempenho apenas regular do grupo.

Modelo híbrido de trabalho: como gerir esta realidade [na prática]

Atitudes positivas de gestão na fase de Formação:

  • Apresente as regras de atuação da nova equipe;
  • Procure deixar claros os objetivos da empresa, da equipe e os papeis de cada colaborador;
  • Estabeleça a sua liderança com cada um dos profissionais;
  • Mantenha a sua comunicação clara e a escuta ativa;
  • Construa o seu modelo de avaliação de desempenho e estabeleça as métricas a serem acompanhadas.

Confrontação

Dando continuidade ao desenvolvimento do trabalho em equipe, as coisas ficam um pouco mais quentes na segunda etapa do processo. A fase da Confrontação (Storming) é difícil, mas é neste momento que o grupo começa a evoluir, uma fase quase sempre “dolorosa”.

Diferenças aparecem e os conflitos são inevitáveis e, por outro lado, necessários. Depois de o entendimento dos objetivos a serem perseguidos, os profissionais começam a produzir sem muitos critérios definidos.

Agora, estão todos se esforçando para dar a sua contribuição, mas esbarrando no modo de atuar dos outros membros e sem um processo comunicativo bem estabelecido. Os conflitos que surgem a todo momento tornam a passagem bem estressante e o rendimento do time costuma cair nesta fase.

No entanto, as situações de confronto de ideias colaboram para que o grupo passe a se conhecer de fato e comece a colaborar com a busca por soluções efetivas.

Sugestões de gestão na fase de Confrontação:

  • Incentive a participação de todos e a confiança mútua entre os membros do time;
  • Seja assertivo ao delegar tarefas para cada um dos membros de time;
  • Procure deixar cada vez mais claro os objetivos a serem alcançados pelo grupo;
  • Esteja atendo aos sentimentos que não são verbalizados;
  • Use a conciliação e trabalhe pela harmonia do grupo.

diagnóstico organizacional

Normatização

O resultado da etapa seguinte, na qual o grupo de profissionais começa a tomar decisões em conjunto, é a entrada na terceira fase do processo de desenvolvimento de equipes de trabalho.

Na Normatização (Norming), os processos de comunicação e de produção finalmente começam a entrar nos eixos. Agora os profissionais passam a se conhecer melhor e a ter um entendimento mais aprofundado dos objetivos a serem alcançados.

Os acordos e combinados sobre como atuar em equipe são costurados e começam a ser cumpridos, dando forma ao processo de produção do time. Ao mesmo tempo, ter passado pelas fases anteriores também ajudou a moldar a comunicação. Assim, os entendimentos já são mais frequentes e os conflitos mais construtivos.

Podemos dizer ser nesta fase que começamos a diferenciar o que era um grupo de indivíduos, passando a observar as primeiras características de uma equipe de trabalho propriamente dita. Da mesma forma, esta diferença começa a se manifestar nos relatórios de desempenho. Com a equipe tomando corpo, a produtividade aumenta.

Sugestões de gestão na fase de Confrontação:

  • Dê voz ativa a todos no grupo;
  • Encoraje a troca de informações entre os colaboradores;
  • Mostre como o trabalho de cada um é importante para o sucesso do time;
  • Encontre e mapeie lacunas para o desenvolvimento de habilidades;
  • Reforce os prazos e a necessidade de planejamento do tempo.

Performance

Quando uma equipe consegue vencer os estágios anteriores e aproveitar todas as oportunidades de evolução durante a jornada, elas chegam ao patamar de ganho de produtividade e alta performance (perfoming).

Agora, a equipe começa a colher os benefícios do trabalho em conjunto, estruturado e passa a realizar ciclos de entrega, desenvolvimento e melhorias constantes. A partir daqui, o desempenho tende a crescer enquanto novos desafios vão sendo acrescentados para produção.

Sugestões de gestão na fase de Performance:

  • Estabeleça metodologia para alcançar o consenso;
  • Aprimore a tomada de decisões e promova a liderança compartilhada;
  • Promova autonomia para que os membros do time possam tomar decisões;
  • Reforce a cultura da experimentação e incentive as decisões dirigidas por dados;
  • Mantenha a rotina dos ciclos de produtividade de metodologias ágeis;
  • Reconheça os esforços e comemore bons resultados.

Se a equipe venceu todas as etapas do processo, ao atingir a fase de Performance, todos estão mais independentes e conectados a um objetivo único. Mas o trabalho não chegou ao fim. Gerir equipes multidisciplinares de alto desempenho é, também, estar sempre antenado com o novo e buscar continuamente novas maneiras de entregar melhores resultados.

Além disso, os times são voláteis e estão sempre se movimentando ou recebendo novos membros. Neste caso, é necessário voltar ao modelo e percorrer novamente todas as etapas.

Por fim, é importante ressaltar que este é um mapa e o que apresentamos são sugestões e melhores práticas, porém, o terreno a sua frente deve prevalecer. O processo de desenvolvimento de times não é linear. Portanto, o sucesso ao gerir equipes multidisciplinares é uma jornada que precisa ser vivida para que os reais desafios sejam conhecidos.

Caso você esteja passando por este momento na sua empresa e sinta a necessidade, teremos prazer em avaliar a situação da sua equipe e auxiliar você a alcançar seus resultados mais rápido. Entre em contato com a gente.

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